O coronavírus pode alojar-se no cabelo? E quantas vezes o deve lavar?

Todos estamos a par da importância de lavar as mãos regular e minuciosamente para evitar o contágio e a propagação da Covid-19. Mas, será que o coronavírus pode estar a 'viver' no topo das nossas cabeças?

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Liliana Lopes Monteiro
17/04/2020 13:15 ‧ 17/04/2020 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle

Covid-19

"Estudos têm demonstrado que o coronavírus pode sobreviver em materiais à base de cartão até 24 horas, no metal por dois dias, e no plástico até três dias - mas relativamente ao cabelo ainda não foram realizados testes", afirma a dermatologista norte-americana Hadley King à publicação Refinery. 

Todavia, Saad Omer, médico, professor e diretor do Instituto Global Health, da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, refere que apesar de não ter conhecimento de um único caso em que alguém tenha testado positivo nos folículos capilares, acredita que a Covid-19 pode permanecer no cabelo, da mesma forma que se instala noutras superfícies. 

E disse ao programa Today, do canal de televisão NBC: "normalmente, os vírus sobrevivem por menos tempo em superfícies porosas, tais como o cabelo, comparativamente a superfícies sólidas como o aço inoxidável". 

Entretanto, o professor Adam Friedman, presidente interino de dermatologia na Faculdade de Medicina e de Ciências da Saúde, na Universidade de George Washington, nos EUA, afirma que depende das circunstâncias do cabelo. 

Tendo explicado no Today: "se arrancar alguns fios de cabelo, os pouse e se alguém infetado com Covid-19 espirrar para cima deles, poderia o vírus viver naqueles fios, que haviam sido arrancados e já não pertenciam ao organismo humano?".

"Daquilo que observámos num artigo científico publicado no periódico New England Journal of Medicine, é possível que o vírus viva nessa superfície por até três dias".  

Contudo, para o professor se o cabelo ainda estiver preso ao escalpe, então a história é completamente diferente. Friedman explica que quando os fios estão presos à nuca contêm óleos naturais que têm um efeito protetor.

Acrescentando: "têm propriedades antibacterianas, que limitam a capacidade de organismos exteriores se instalarem no cabelo". 

Ainda assim para a dermatologista Hadley King não podemos contar apenas com a ação desses óleos, já que estes variam de acordo com a pessoa e o tipo de cabelo. 

E como tal, a profissional recomenda lavar o cabelo mais frequentemente, sobretudo se frequentar algum espaço que possa estar contaminado. 

É igualmente importante que evite tocar no cabelo enquanto estiver na rua e no rosto. 

King explica: "em teoria, o vírus pode passar das mãos para o cabelo, mas se não passar os dedos pelos fios, então o risco será menor". 

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