Os cientistas Viktor Seledtsov, da Universidade Federal do Báltico de Immanuel Kant, na Rússia, e Alexei von Delwig, da empresa Innovita Res, na Lituânia, garantem ter inventado uma vacina capaz de combater as chamadas 'doenças do envelhecimento', segundo um artigo publicado na revista Galileu.
A descoberta foi descrita no periódico Expert Review of Vaccines.
Para Seledtsov, o sistema imunológico é o mecanismo do corpo humano que coloca um limite à vida.
"Com o tempo, as células imunes conhecidas como linfócitos T tornam-se cada vez mais autorreativas", disse o especialista num comunicado emitido à imprensa.
"Por outras palavras, tornam-se menos agressivos no seu propósito de deterem agentes infeciosos e patogénicos. Permitindo que se 'instalem' mais facilmente no organismo".
"Entretanto, as investidas desses agentes são a principal causa para o aparecimento de patologias autoimunes, características do envelhecimento", explicou Seledtsov.
O investigador argumenta que o sistema imunológico dos indivíduos acaba por se tornar um 'inimigo', isto porque do ponto de vista biológico para que a espécie humana evolua e prevaleça, os idosos têm de ser substituídos pelos jovens. E por isso mesmo a renovação celular diminui, assim como possíveis mutações vantajosas para a manutenção da saúde.
Na tentativa de combater este processo 'mórbido', a equipa de cientistas criou uma técnica de vacinação linfocítica que combate as doenças autoimunes. Entretanto o novo método revelou ser eficaz no tratamento da artrite reumatoide e da esclerose múltipla.