Covid-19. O motivo por que doentes recuperados voltam a testar positivo

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), alguns indivíduos testam positivo mais de uma vez para o novo coronavírus ou SARS-CoV-2, contudo tal não significa que voltem a adoecer com a Covid-19. Entenda.

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Notícias Ao Minuto
08/05/2020 08:40 ‧ 08/05/2020 por Notícias Ao Minuto

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"Estamos a constatar que algumas pessoas, após terem testado positivo para a Covid-19, passado uma ou duas semanas, ou inclusive mais tempo, voltam a testar positivo", afirma à BBC News Maria Van Kerkhove, médica epidemiologista da OMS.

"O que ocorre é que, enquanto os pulmões ficam curados, determinadas células mortas presentes nos pulmões começam a ser expulsas. E são esses fragmentos pulmonares que fazem com que o teste seja mais uma vez positivo", acrescenta. 

Segundo a BBC, a OMS confirma os casos de Covid-19 a partir da realização de testes de reação em cadeia da polimerase, exames a partir dos quais são aumentados ou replicados segmentos diminutos de ADN. Estes testes são os mais precisos para diagnosticar a patologia respiratória porque detetam diretamente o ácido ribonucleico ou RNA, isto é, o material genético do vírus, nas amostras recolhidas pelos médicos de secreções respiratórias dos doentes. 

Como tal, testar positivo num segundo exame, mesmo após a pessoa estar recuperada do SARS-CoV-2, "não é sinal da presença do vírus, não é uma reinfecção, não é uma reativação (da doença), mas sim parte do processo de cura do corpo, que paradoxalmente se manifesta na amostra que dá positivo", elucidou Van Kerkhove numa entrevista dada ao programa The Andrew Marr Show, da BBC.

Mas é possível que a mesma pessoa fique infetada novamente?

Para a epidemiologista trata-se de uma das questões para a qual ainda não há uma resposta concreta e irrevogável. 

"Até ao momento sabemos que quando alguém adoece com Covid-19, o seu organismo cria anticorpos e tem uma resposta imune entre uma a três semanas após ter ocorrido inicialmente a infeção", explicou. 

"Todavia, ainda estamos a tentar perceber se essa reação do sistema imunológico significa realmente que o doente ganha futura imunidade. Ou se este terá uma maior proteção contra uma possível reinfecção? E, se assim for, por quanto tempo essa proteção extra permanece ativa?, concluiu Van Kerkhove

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