Uma nova pesquisa levada a cabo por investigadores do Centro Médico Shamir, apurou que quem recebeu a vacina da BCG na infância não apresenta uma proteção mais elevada contra a a doença da Covid-19.
A informação foi divulgada no periódico científico Journal of the American Medical Association (JAMA), e partilhada pela revista Galileu.
Anteriormente, vários especialistas haviam especulado que a vacina contra a tuberculose poderia ter um efeito protetor contra o SARS-CoV-2, e tal tinha a sua razão de ser. A verdade é que imunização que visa combater a tuberculose é usada para combater uma doença que também é do foro respiratório e afeta os pulmões - tal como a Covid-19.
Para efeitos daquela pesquisa, os investigadores analisaram os dados de crianças nascidas em Israel às quais havia sido administrada a vacina da BCG entre 1955 e 1982, altura em que cobertura da vacina superou os 90%. Todavia, desde 1982, que somente imigrantes de países com taxas elevadas de tuberculose foram imunizados em Israel.
Como tal, e segundo a Galileu, os cientistas compararam os índices de infecção pelo novo coronavírus entre a população que havia sido vacinada e a outra que não e no fim não deteram uma diferença significativa.
"Este estudo não sustenta a teoria de que a vacinação com BCG durante a infância tenha um efeito protetor contra a Covid-19 na idade adulta", afirmaram os académicos.
Tendo como base os dados do estudo, 11,7% dos vacinados com a BCG e 10,4% dos não vacinados testaram positivo para o SARS-CoV-2.