Um novo estudo afirma que utilizar máscara reduz sim a possibilidade contágio pelo novo coronavírus ou SARS-CoV-2, causador da Covid-19, mas somente se não mover a cabeça.
Investigadores da Universidade de Edimburgo, na Escócia, testaram a eficácia de sete tipos de máscaras de proteção facial contra a Covid-19, incluindo versões caseiras e máscaras médicas.
A análise revelou que usar máscara pode diminuir a capacidade de alcance de partículas expelidas por outros ao seu redor em mais de 90%.
Felicity Mehendale, cirurgiã no Centre for Global Health, no Usher Institute, da Universidade de Edimburgo, disse ao jornal Mirror Online: "foi reconfortante constatarmos que as máscaras caseiras funcionam tão bem quanto as cirúrgicas, de modo a impedir que o utilizador seja atingido por partículas provenientes da fala ou da respiração de outrem".
Contudo, os investigadores constataram que as máscaras são menos eficazes quando movemos a cabeça para o lado - isto porque ao estarmos nesta posição torna-se mais fácil sermos atingidos na boca ou no nariz por partículas potencialmente infecciosas.
Nomeadamente, respiração ofegante e tosse correspondem a atos capazes de gerarem jatos de partículas intensos.
Os dados apurados sugerem que somente se usar a máscara bem fixa ao rosto, esta pode então evitar a contaminação pelo SARS-CoV-2.
Ignazio Maria Viola, da Escola de Engenharia, da mesma universidade, e co-autor do projeto, afirmou: "descobrimos que algumas máscaras permitem a entrada lateral de partículas - e saída - diminuindo a sua capacidade de proteção não só para o utilizador, como para quem o rodeia".
Mehendale acrescentou: "por outras palavras, tal significa que deve pensar duas vezes antes de virar a cabeça para o lado ao tossir ou espirrar e ter especial cuidado se estiver atrás ou ao lado de alguém que também esteja a usar máscara".