Perda de olfato pode ser um bom sinal se estiver infetado com Covid-19

Investigadores da Universidade da Califórnia San Diego Health, nos Estados Unidos, afirmam que a perda de olfato ou anosmia tende a indicar que a pessoa sofre 'somente' de um caso ligeiro da doença provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2.

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Liliana Lopes Monteiro
27/05/2020 10:29 ‧ 27/05/2020 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle

Sintomas

Desde febre, a tosse seca persistente ou à perda de olfato, o novo coronavírus é conhecido por estar associado a inúmeros sintomas. 

E agora, conforme avança o jornal Mirror Online, os cientistas afirmam que a anosmia pode afinal ser considerado um sintoma positivo caso seja diagnosticado com Covid-19. 

Uma equipa de investigadores da UC San Diego Health afirma que a perda de olfato é indicador de um quadro mais ligeiro da patologia. 

Carol Yan, professora e líder do estudo, disse: "normosmia ou o sentido normal de olfato é um indicador independente de admissão em casos de Covid-19. Em pesquisas anteriores, apurámos que a perda da função olfativa é comummente um sintoma precoce, seguido por febre e fadiga". 

"O que é notável nos dados apurados é que estes sugerem que a perda de olfato pode indicar que a infeção pelo SARS-CoV-2 não será demasiado grave, apresentando uma menor probabilidade do paciente requerer internamento hospitalar". 

No estudo, os investigadores analisaram 169 doentes com coronavírus que haviam testado positivo para a Covid-19 entre 3 de março e 8 de abril

Dos 169 pacientes examinados, 26 foram hospitalizados. Todavia, a análise revelou que esses pacientes reportaram na sua maioria não terem experienciado perda de olfato ou de paladar, comparativamente aos indivíduos que não necessitaram de internamento. 

Adam DeConde, autor senior do estudo, afirmou: "pacientes que reportaram experienciar a perda de olfato registaram um risco 10 vezes menor de serem admitidos com Covid-19". 

Contudo, os cientistas ainda não sabem explicar ao certo o porquê deste fenómeno. Uma das hipóteses remete para o facto de que inicialmente o vírus se concentra no nariz e nas vias nasais superiores, onde impacta o cheiro, resultando numa infeção ligeira, relativamente aos casos nos quais o SARS-CoV-2 alcança os pulmões. 

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