Na meta-análise, publicada na edição de junho do BJOG: An International Journal of Obstetrics and Gynaecology, e divulgado pela revista Galileu, os cientistas concluíram que a propagação da Covid-19 da gestante para a criança é pouco comum e que o parto — quer este seja vaginal ou por cesariana — não aumenta a taxa de infecção entre mãe e bebé.
Os cientistas examinaram minuciosamente 49 estudos realizados previamente acerca da saúde neonatal durante a incidência da pandemia do novo coronavírus. Sendo que os dados analisados englobam informações sobre 666 bebés recém-nascidos e 655 mulheres (algumas mulheres foram mães de gémeos).
A investigadora Kate Walker disse num artigo publicado no site da Universidade de Nottingham: "pretendíamos analisar o resultado de bebés cujas mães contraíram o vírus e ver se a via de nascimento, o método de alimentação do bebé e a interação mãe/bebé aumentavam o risco das crianças contraírem o Sars-CoV-2".
Entre as mulheres que tiveram um parto normal, somente oito dos 292 bebés examinados (2,7%) testaram positivo para o vírus. Entretanto, entre os 364 recém-nascidos cujas mães foram submetidas a uma cesariana, 20 (5,3%) foram diagnosticados com Covid-19. Sendo que grande parte dos bebés infetados com o novo coronavírus era assintomática, ou seja não apresentava sintomas.
A meta-análise apurou ainda que a amamentação ou o contacto das mães com os recém-nascidos não aumentou a taxa de infeção.