Esta quarta-feira, dia 8 de julho, é assinalado o Dia Mundial da Alergia - patologia que afeta um terço da população portuguesa.
Este ano, a Organização Mundial da Saúde e a Organização Mundial da Alergia pretendem sensibilizar a população para a importância de diagnosticar e tratar adequadamente as patologias alérgicas, trazendo para a mesa a relação entre o problema e a Covid-19. "Embora as patologias alérgicas não tenham sido identificadas como um fator de risco para contrair a infeção pelo novo coronavírus, algumas delas podem representar um fator de agravamento para a pessoa que tem Covid-19", dizem em comunicado.
Assim, desde o início da pandemia que a SPAIC tem vindo a publicar um conjunto de recomendações dirigidas a doentes e a prestadores de cuidados de saúde sobre a relação entre as várias doenças alérgicas e a Covid-19.
"Em Portugal, estima-se que a doença alérgica afete cerca de um terço da população: de acordo com os dados atuais, 30% da nossa população tem queixas de rinite, 18% tem concomitantemente queixas de conjuntivite, 6.7% asma e cerca de 5% reportam alergia alimentar”, sublinha Pedro Martins, vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica.
O diagnóstico é muito importante já que, de acordo com a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica, o subdiagnóstico é particularmente frequente no caso das doenças alérgicas respiratórias, que podem ser confundidas com outras situações também comuns. A maioria das alergias identificada nestas doenças são aos ácaros do pó doméstico, aos pólenes de gramíneas, parietária e oliveira e aos epitélios de cão e gato.
Desta forma, para melhorar o diagnóstico, “há que estar atento à duração dos sintomas, aos fatores desencadeantes e aos fatores de alívio. Uma avaliação por um médico imunoalergologista constituirá uma mais valia para melhorar o processo de diagnóstico”, defende a SPAIC.