Covid-19. Défice de proteína estará por trás de casos graves da doença

Cientistas afirmam que uma carência na resposta de interferons - proteínas fundamentais para bloquear a disseminação no novo coronavírus SARS-CoV-2, causador da doença da Covid-19 - pode explicar os quadros mais severos da patologia pulmonar.

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Liliana Lopes Monteiro
15/07/2020 08:27 ‧ 15/07/2020 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle

Coronavírus

Investigadores franceses identificaram um elemento comum nos quadros mais severos de Covid-19, nomeadamente a combinação da carência de reação de determinados interferons e da inflamação excessiva provocada pelo coronavírus Sars-CoV-2, segundo um artigo publicado na revista Science - reporta a revista Galileu. 

A saber o interferon trata-se de uma proteína fabricada pelos glóbulos brancos (leucócitos) e fibroblastos que impede e combate a propagação de microrganismos.

Na nova pesquisa, os cientistas franceses alertaram que os indivíduos gravemente doentes com Covid-19 apresentavam um défice nas respostas dos interferons do tipo I, além de quadros inflamatórios exorbitantes.

De acordo com a Galileu, o estudo aponta que o momento e o tempo de exposição ao interferon são indicadores importantes para a proliferação do novo coronavírus no organismo. 

Para os académicos a descoberta sugere que um tratamento focado na administração de interferon e substâncias anti-inflamatórias pode ser eficaz contra a Covid-19.

"Uma hipótese que vale a pena testar com cautela", disseram os investigadores num comunicado

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