O cancro que surge inicialmente no cólon, é denominado de cancro do cólon e o cancro que tem início no reto, apelida-se de cancro retal. O cancro que afecte qualquer um destes órgãos pode, também, ser chamado de cancro colorretal, segundo informações divulgadas no site da rede de hospitais CUF. 

Boseman terá sido diagnosticado com cancro de cólon de estágio 3 em 2016, tendo finalmente sucumbido ao mesmo, com apenas 43 anos, na passada sexta-feira, dia 29 de agosto. 

De acordo com o estudo europeu Public attitudes towards colonoscopy provoca 11 mortes por dia em Portugal. 

O cancro do colón e do reto é a primeira causa de morte por cancro no nosso país, com uma incidência de cerca de sete mil novos casos por ano e um registo de quatro mil mortes anuais. É detetado sobretudo a partir dos 50 anos, ainda assim trata-se provavelmente o tipo de cancro mais fácil de evitar com medidas ativas de prevenção.

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"A idade é o principal fator de risco, em que 90% dos casos são diagnosticados em indivíduos com mais de 50 anos", explica a médica Sandra Custódio da CUF. "Outros fatores de risco a ter em conta são a Doença Inflamatória Intestinal, como a Colite Ulcerosa e a Doença de Crohn, e história familiar de cancro colorretal, sobretudo em familiares de primeiro grau e/ou idades de diagnóstico jovens (<50 anos). O tabagismo, a obesidade, a diabetes mellitus tipo 2 e a alimentação rica em gorduras e carne vermelha são historicamente associados ao aparecimento de cancro colorretal, embora estas associações não estejam tão bem estabelecidas", diz. 

Mas afinal, quais são os sintomas do cancro colo-retal?

Os sintomas deste tipo de tumor variam, mas são muitas vezes fatais. Segundo a médica: "a perda de sangue nas fezes é um sinal de alarme, que deve fazer o utente recorrer ao médico assistente num curto espaço de tempo, uma vez que corresponde à forma de apresentação mais comum. Alteração dos hábitos intestinais (alternância entre diarreia/obstipação), cólicas abdominais e sensação de esvaziamento intestinal incompleto, correspondem também a sintomas de alerta. O cansaço, a perda de apetite, e a perda de peso, não explicadas por outra causa, estão geralmente associados a uma doença mais avançada". 

Em média, o cancro colorretal é mais preponderante nos homens do que nas mulheres. Estima-se que nos países desenvolvidos, aproximadamente 1 em cada 20 homens e 1 em cada 35 mulheres venha a padecer deste tumor ao longo da vida.

É o terceiro cancro mais comum no mundo, e a quarta causa de morte por cancro. Registando-se 1.8 milhões de novos casos anualmente - uma tendência em crescimento. 

Tende a ser fatal?

O prognóstico e a possibilidade de cura dependem do estágio em que o tumor se encontra (extensão). Quando é diagnosticado atempadamente, a taxa de cura chega a rondar os 90%.

Atualmente, com a aposta em programas de rastreio e com a educação para a saúde, alertando para os sintomas iniciais (perda de sangue nas fezes, alterações dos hábitos intestinais, etc), a taxa de cura ultrapassa os 60%.

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