Investigadores da Universidade de Tel-Aviv e da Universidade de Bar-Ilan, em Israel, analisaram as consequências da toma de hidroxicloroquina e cloroquina no coração.
Entretanto, as descobertas acerca de ambos os fármacos, sugeridos como possíveis tratamentos contra a Covid-19, foram partilhadas no British Journal of Clinical Pharmacology, e publicadas num artigo divulgado na revista Galileu.
Os cientistas pretendiam melhor entender a segurança dos fármacos para a saúde dos doentes.
De acordo com a Galileu, os investigadores analisaram dados de casos reais registados pela agência governamental norte.americana Food and Drug Administration (FDA). Examinando relatórios de segurança após a venda da hidroxicloroquina e cloroquina.
Ora, os cientistas apuraram que ambos os medicamentos estavam ligados a índices mais elevados de inúmeras condições cardíacas, nomeadamente a situações de instabilidade do ritmo cardíaco associado a risco de vida, insuficiência cardíaca e a danos no músculo cardíaco ou cardiomiopatia.
Clinicamente, a cloroquina é comummente prescrita a indivíduos que sofrem de malária. Todavia, ainda não existem de todo evidências científicas de que esse fármaco ou a hidroxicloroquina tenham a capacidade de tratar a Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2.
"Adicionalmente, tornamos claro como esses casos adversos acarretam altos riscos de resultados graves, incluindo morte, mesmo com doses padrão dos medicamentos", afirmou o o líder do estudo Elad Maor, MD, PhD, do Centro Médico Sheba e da Universidade de Tel-Aviv, num comunicado emitido à imprensa.