SARS-CoV-2. Evaporação de gotículas com vírus está a infetar-nos

Uma equipa de investigadores da Universidade de Nicósia, no Chipre, apontam que fatores como a humidade atmosférica, temperatura e vento estimulam a disseminação da Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2.

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Notícias ao Minuto
29/09/2020 11:55 ‧ 29/09/2020 por Notícias ao Minuto

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O novo estudo examinou o impacto da humidade do ar, temperatura ambiente e da velocidade do vento na propagação do SARS-CoV-2.

Num artigo científico publicado no Physics of Fluids, divulgado na revista Galileu, os cientistas sugerem que a evaporação pode ser um fator chave na transmissão de gotículas infetadas com o novo coronavírus

"Suponha que temos um melhor entendimento da evaporação e sua relação com os efeitos do clima", afirmou o co-autor da pesquisa Dimitris Drikakis, num comunicado emitido à imprensa. 

"Nesse caso, podemos prever com mais precisão a concentração do vírus e determinar melhor a sua viabilidade ou potencial de sobrevivência", acrescentou. 

De acordo com Talib Dbouk, outro autor do estudo: "descobrimos que a alta temperatura e a baixa humidade relativa levam a altas taxas de evaporação de gotículas contaminadas, reduzindo significativamente a viabilidade do vírus". 

Segundo a revista Galileu, os investigadores formularam correlações teóricas para a evaporação instável de gotículas de saliva contaminadas. E de seguida, colocaram a teoria em prática numa plataforma computacional de dinâmica de fluidos avançada, analisando o impacto das condições climáticas na propagação do novo coronavírus através do ar.

Após a experiência, os cientistas notaram que a distância percorrida e a quantidade da nuvem de gotículas permanecem expressivas, inclusive em temperaturas elevadas, se a humidade atmosférica estiver alta. Mais ainda, a celeridade do vento revelou ser outro indicador fundamental capaz de modificar as regras para as diretrizes de distanciamento social.

A revista Galileu explica que estas descobertas explicam de certa forma o motivo pelo qual a pandemia aumentou no mês de julho em várias cidades com elevada densidade populacional um pouco por todo o mundo, tal como Deli, na Índia, que experienciou temperaturas e humidade relativa bastante altas. 

Os investigadores, acreditam ainda que o estudo é um alerta para a possibilidade de uma segunda vaga de Covid-19 no outono e inverno, estações em que predominam baixas temperaturas e ventos velozes, que por sua vez aumentarão a sobrevivência e a propagação do novo coronavírus SARS-CoV-2 pelo ar. 

 

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