Inglaterra. Crescimento de infeções parece estar a abrandar, diz estudo

Este é o maior estudo sobre infeção em Inglaterra.

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© REUTERS/Toby Melville

Notícias Ao Minuto
01/10/2020 09:04 ‧ 01/10/2020 por Notícias Ao Minuto

Lifestyle

Covid-19

O maior estudo feito sobre infeção pelo novo coronavírus em Inglaterra, citado pela BBC, afirma que o crescimento dos casos pode estar a abrandar.

Para chegar a esta conclusão, uma equipa do Imperial College London analisou amostras de 84 mil pessoas escolhidas aleatoriamente em todo o país.

De acordo com os mesmos, o R - número de reprodução do vírus -, parece ter descido desde que algumas medidas - incluindo a 'regra dos seis' - foram introduzidas. Ainda assim, a equipa afirma que o número de casos continua a ser bastante elevado, com uma em cada 200 pessoas infetadas.

Segundo a BBC, o estudo React é altamente influente devido ao tamanho da amostra e por fornecer uma imagem atualizada de como o vírus se vai espalhando. As últimas amostras usadas na análise foram recolhidas até ao último sábado. No relatório anterior do React descobriu-se que as infeções no país estavam a duplicar a cada sete a oito dias no final de agosto e início de setembro, isto significa que poderia haver 50.000 casos por dia em meados de outubro se o padrão continuasse.

Em seguida, a equipa estimou que o R era de 1,7. Porém, as amostras recentes - recolhidas entre  19 e 26 de setembro - sugerem que o valor caiu para cerca de 1,1 - embora o número exato seja incerto.

Os investigadores acreditam que este é o primeiro indício de que as novas medidas podem ter um impacto na transmissão. “Parece haver uma redução na taxa de aumento, o número R parece ter diminuído. Claramente ninguém quer um bloqueio total, mas se prestarmos atenção às mensagens sobre distância social, lavagem das mãos, cobertura facial e teste e isolamento, então acho que podemos diminuir a infeção", disse o professor Paul Elliott, do Imperial College London.

No entanto, o professor Oliver Johnson, da Universidade de Bristol, discorda, afirmando que a conclusão de que os casos estão a diminuir é "errada e perigosa". Além disso, duvida de ambas as estimativas do valor R. "Suspeito que ambos estavam errados e, na verdade, era mais R = 1,4 de cada vez", disse.

A taxa de novas infeções pode ter diminuido, mas um R acima de 1 significa que os casos continuarão a aumentar se as tendências atuais continuarem. 

“Embora as nossas últimas descobertas mostrem algumas evidências iniciais de que o crescimento de novos casos pode ter diminuído, sugerindo que os esforços para controlar a infeção estão a funcionar, a prevalência da infeção é a mais alta que registamos até agora. Isso reforça a necessidade de medidas de proteção para limitar a propagação da doença e a adesão do público a elas, o que será vital para minimizar outras doenças significativas e perda de vidas por Covid-19", salientou Paul Elliott. 

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