Investigadores estudam fezes medievais para entender alergias e obesidade

Amostras podem ajudar investigadores a entender a saúde intestinal de hoje - e apontar como as mudanças na dieta ao longo do tempo contribuem para doenças intestinais, alergias e obesidade.

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Notícias Ao Minuto
06/10/2020 10:16 ‧ 06/10/2020 por Notícias Ao Minuto

Lifestyle

Estudo

Sim, leu bem. Amostras de fezes medievais podem ajudar a ciência a entender a saúde intestinal atual - e apontar como as mudanças na dieta contribuíram, ao longo do tempo, para certas doenças intestinais, alergias e obesidade.

O estudo, publicado esta segunda-feira na revista Philosophical Transactions da Royal Society B, detalha pesquisas conduzidas em Jerusalém, Israel e em Riga, na Letónia.

Os investigadores examinaram latrinas dos séculos XIV e XV de ambas as cidades para comparar um microbioma moderno com o dos nossos ancestrais.

“Se quisermos determinar o que constitui um microbioma saudável para as pessoas modernas, devemos começar a olhar para os microbiomas dos nossos ancestrais que viveram antes do uso de antibióticos, 'fast food' e outras armadilhas da industrialização”, disse um dos investigadores, Piers Mitchell, da Universidade de Cambridge, citado pelo Post.

A arqueóloga Susanna Sabin, aluna de doutoramento do Instituto Max Planck, na Alemanha, comparou o ADN da latrina com o de outras fontes - incluindo as entranhas de populações industriais e de caçadores-coletores.

“Descobrimos que o microbioma de Jerusalém e Riga tinha algumas características comuns”, disse Sabin. "Não conhecemos uma fonte moderna que abrigue o conteúdo microbiano que vemos aqui”.

O estudo mostra que as mudanças no microbioma humano levou a muitas condições modernas, incluindo doenças inflamatórias intestinais, alergias e obesidade.

Mas os investigadores dizem ser necessário aprofundar essa evolução.

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