Um estudo realizado nos EUA e outro no Canadá, publicados esta quinta feira na Science Immunology, afirmam que, três meses após a infeção pelo vírus SARS-CoV-2, responsável pela doença Covid-19, os pacientes ainda apresentam anticorpos para o novo coronavírus no sangue e na saliva. Ambos os estudos concluíram que as imunoglobulinas G (IgG) são os anticorpos de maior duração.
O estudo conduzido pela imunologista Anita Iyer, da Universidade de Boston, analisou 343 pacientes durante um máximo de 122 dias após o aparecimento dos primeiros sintomas e comparou os seus níveis de anticorpos com os encontrados em amostras de sangue de 1.548 pessoas recolhidas antes da pandemia. Desta análise concluiu-se que as imunoglobulinas M (IgM) e A (IgA) permaneciam ativas por um curto período de tempo, mas o número de imunoglobulinas G contra a proteína spike do vírus apresentou uma queda lenta durante um período de 90 dias.
A investigação liderada pela imunologista Baweleta Isho, da Universidade de Toronto, analisou amostras de sangue de 739 pessoas e de saliva de 247. Os níveis de IgG permaneciam estáveis durante um período de 115 dias após os primeiros sintomas.