A gripe sazonal difere da Covid-19, sendo que as estirpes da gripe mudam todos os anos - daí que anualmente a vacina seja outra, reporta um artigo publicado no jornal The Sun Online.
Enquanto os sintomas da gripe, provocada pelo vírus da influenza, e os da Covid são distintos, os dois também são transmitidos de modo diferente.
Entender o modo como estas duas doenças se propagam pode ajudar a determinar qual o vírus que contraiu, se por ventura se começar a sentir mal.
Apesar dos cientistas ainda estarem a aprender sobre a Covid-19, creem que existem quatro principais formas que o novo coronavírus se espalha e que diferem da gripe:
1. Menos imunidade
Linsey Marr, professora de engenharia civil e ambiental na instituição de ensino superior Virginia Tech, nos Estados Unidos, que estuda vírus transmitidos pelo ar afirma que a Covid é mais infecciosa do que a gripe devido ao facto de existir uma menor imunidade da população mundial contra o SARS-CoV-2.
O que significa que em princípio, e por exemplo, um grupo de pessoas num dado espaço fechado está mais propenso a adoecer com Covid, ao invés de com a gripe.
2. Assintomáticos
Médicos e cientistas já constataram que algumas pessoas que sofrem de Covid-19 não têm sintomas.
E este é mais um factor que torna a Covid mais infecciosa comparativamente à gripe. Isto porque se as pessoas estão infetadas com o vírus e não sabem podem inadvertidamente contaminar outros indivíduos.
Especialistas acreditam que entre 40 a 50% dos infetados permanecem assintomáticos. E embora alguns casos de gripe também não manifestem sintomas, o período de incubação para o novo coronavírus é mais longo, nomeadamente até 14 dias, segundo Marr.
3. Propagação viral
Linsey Marr salienta, que uma pessoa com gripe tem a probabilidade de infetar cerca de 1.3 pessoas.
Já relativamente ao SARS-CoV-2 o valor sobe para 2.5.
4. Os miúdos estão bem, já os adultos...
Múltiplos estudos concluíram que a transmissão do novo coronavírus difere entre crianças e adultos -, sobretudo os mais pequenos são mais resistentes ao SARS-CoV-2.
Todavia, e apesar de estarem menos propensos a sofrerem de Covid-19 há igualmente um risco mais elevado de permanecerem assintomáticos e propagarem o vírus para os adultos, nomeadamente familiares e outros membros da comunidade.
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