Um estudo realizado por investigadores dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos, publicado no periódico Pediatrics, e divulgado na revista Galileu, examinou cinco mil mulheres e apurou que cerca de um quarto havia sofrido de depressão severa em algum momento nos três anos que se seguiram ao parto, enquanto as outras apresentaram sintomas ligeiros da doença psiquiátrica.
Para efeitos daquela pesquisa, os cientistas avaliaram os sintomas das mulheres através de um questionário, embora não tenham testado clinicamente a depressão das voluntárias.
Adicionalmente, os especialistas detetaram quatro trajetos de sintomas pós-parto e consideraram os fatores capazes de exacerbar os sintomas depressivos.
Conforme explica a revista Galileu, as mulheres com condições pré-existentes, como transtornos de humor ou diabetes gestacional revelaram uma maior predisposição para sofrerem de sintomas de depressão mais intensos e incapacitantes.
"Estes dados de longo prazo são essenciais para melhorar a nossa compreensão da saúde mental da mãe, que sabemos ser crítica para o bem-estar e desenvolvimento do filho", comentou Diane Putnick, autora do estudo.
Os investigadores creem que estas novas informações possam contribuir para que os hospitais e médicos prolonguem a triagem de sintomas depressivos pós-parto até pelo menos dois anos após a gravidez.