É o calcifediol que combate a Covid-19, não os suplementos de vitamina D

Um ensaio clínico realizado em Espanha identificou um composto precursor da hormona associada à luz solar e aos alimentos que ativa o sistema imunitário e atenua a gravidade da Covid-19.

Notícia

© iStock

Notícias Ao Minuto
05/11/2020 08:27 ‧ 05/11/2020 por Notícias Ao Minuto

Lifestyle

Covid-19

Apesar do nome, a vitamina D não é uma vitamina, nem a sua ingestão como suplemento ou exposição ao sol é útil contra o novo coronavírus.

Estas são as conclusões de um ensaio clínico do Instituto Maimónides de Investigación Biomédica de Córdoba (IMIBIC) e do Hospital Reina Sofia, na mesma cidade espanhola, que detetou um elemento-chave na criação da substância química (chamada de vitamina D) que é comprovadamente eficaz. É o calcifediol, que atua como um precursor para a formação de vitamina D em níveis que nem os alimentos nem o sol podem atingir.

O El País descreve o calcifediol como "uma pró-hormona que é produzida no fígado por uma reação química (hidroxilação da vitamina D3) graças a uma enzima, uma molécula orgânica que atua como catalisador. Portanto, a criação de vitamina D requer bio-transformação prévia", lê-se.

O composto analisado em Córdoba é quase totalmente absorvido e aumenta rapidamente as concentrações de vitamina D no sangue dispensando o metabolismo hepático. De acordo com o estudo, a hormona apresenta-se em concentrações suficientes (40-60 ng/mL) para combater a hiper-inflamação produzida pela tempestade de citocinas que causa a síndrome da angústia respiratória aguda, associada à Covid-19.

Para chegar a esta conclusão, foi realizado um estudo piloto com 76 pacientes, ao qual foi adicionado o acompanhamento de outros 300 casos e quinze hospitais. Foi demonstrado, segundo explica o pneumologista do Hospital Reina Sofia de Córdoba, Luis Manuel Entrenas, que o calcifediol "atua como um imunomodulador", ou seja, como um estimulador do sistema imunitário do corpo para se defender contra vírus. Além disso, reduz os riscos de trombose.

Dos primeiros 76 pacientes incluídos no estudo, 50 receberam calcifediol e apenas um necessitou de internamento nos cuidados intensivos. Metade dos outros 26 que receberam placebo passou pela unidade.

O estudo já está a ser alargado, mas os resultados, segundo os investigadores, são promissores.

Leia Também: Covid-19: Confusão mental, acompanhada de febre, pode ser sintoma precoce

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas