Bourla fez a declaração num fórum organizado pelo The New York Times e na STAT News, após a sua empresa e o parceiro alemão, a BioNTech, terem anunciado em 9 de novembro que a vacina é eficaz em mais de 90%.
"Estamos muito perto de pedir a autorização de emergência", disse o responsável da farmacêutica, que não quis adiantar uma data precisa.
Segundo Bourla, a Pfizer já reuniu os dados de segurança requeridos pelas autoridades sanitárias, que exigem que os fabricantes acompanhem durante dois meses pelo menos metade das pessoas que receberam a vacina durante os ensaios da fase 3.
Os ensaios, que começaram em julho, envolveram quase 44.000 pessoas e, de acordo com a empresa, a vacina mostrou uma eficácia superior a 90% nos participantes sem qualquer prova prévia de infeção.
Após o anúncio feito pela Pfizer e BioNTech, na segunda-feira a empresa de biotecnologia Moderna anunciou os resultados dos testes do seu projeto de vacina, que apontam para uma eficácia de cerca de 94%.
Bourla, no fórum do STAT News, disse estar aliviado por saber que existe outra vacina de sucesso e manifestou-se confiante de que haverá ainda mais, dado que a procura global será maior do que a capacidade de qualquer empresa.
Quando anunciaram o sucesso dos seus ensaios, a Pfizer e a BioNTech indicaram que esperam produzir 50 milhões de doses este ano e 1,3 mil milhões de doses em 2021.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.328.048 mortos resultantes de mais de 55 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.