A vacina da Moderna contra o novo coronavírus mostra uma eficácia de 94,5% na prevenção da doença em ensaios clínicos, anunciou a empresa na semana passada. O processo de desenvolvimento da vacina foi rápido e sem precedentes - a farmacêutica norte-americana desenvolveu a sua vacina em apenas dois dias, em janeiro, antes de algumas pessoas terem ouvido falar no vírus, avança a Business Insider.
Isto deve-se à tecnologia em que a Moderna aposta desde a sua fundação: as vacinas de RNA mensageiro (mRNA). Também a vacina da Pfizer, que a empresa diz ser 95% eficaz , utiliza esta tecnologia.
Trata-se de um material genético que informa às células como produzir proteínas. Ou seja, a vacina foi construída através de uma injeção de um pequeno extrato de mRNA da Covid-19 que codifica a proteína spike do vírus, que impulsiona o coronavírus e a invadir as células. A vacina de mRNA da Moderna estimula o corpo a produzir internamente a proteína spike, o que desencadeia uma resposta do sistema imunitário.
“O que podemos fazer é tornar isto numa forma totalmente nova de fazer medicamentos, vacinas, quase tudo”, diz um dos fundadores da Moderna, Bob Langer, à Business Insider.
Utilizar este material genético significa que, para fazer uma vacina, as empresas precisam apenas da sequência genética do SARS-CoV-2. Nenhum vírus vivo precisou de ser cultivado em laboratórios. Assim, tanto a Moderna como a Pfizer foram capazes de produzir vacinas em tempo recorde.