Investigadores do Luxembourg Institute of Science and Technology (LIST), da Universidade do Luxemburgo e do Luxembourg Institute of Health (LIH) estão a recolher amostras de voz e tosse para criar um algoritmo que ajude a detetar a Covid-19. A provar-se útil, "não substitui os testes de diagnóstico (PCR)", diz a equipa citada pelo Contacto. Espera-se que permita um melhor diagnóstico remoto.
Estes testes podem ser realizados por qualquer pessoa, "quer tenha ou não Covid-19". Muhannad Ismael, líder do estudo e investigador do LIST em inteligência artificial afirma que no futuro "uma aplicação poderá calcular a probabilidade de alguém estar infetado com a doença".
Através de um inquérito disponível online, os participantes realizam cinco exercícios onde gravam a voz, um dos quais inclui a tossir. Os sons servirão para criar um algoritmo que ajude a detetar a probabilidade de alguém estar infetado mediante uma análise de certas características na voz que não são identificáveis pelo ouvido humano. "Como o timbre, frequência, acentuação, entoação da voz, amplitude, etc.", especifica Vladimir Despotovic, investigador e docente na Universidade do Luxemburgo.
A recolha de dados arrancou a 9 de novembro e a equipa estima ter os primeiros dados preliminares em abril do próximo ano.
O inquérito está disponível em português.
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