De acordo com um dos estudos, as pessoas com anticorpos de infeções naturais tinham "um muito menor risco... na ordem do mesmo tipo de proteção que se obteria com uma vacina eficaz", afirmou Ned Sharpless, diretor do Instituto Nacional do Cancro dos Estados Unidos.
"É muito, muito raro" ser reinfetado, afiançou.
Outro dos estudos, publicado na quarta-feira na revista científica "New England Journal of Medicine", envolveu mais de 12.500 trabalhadores de saúde dos hospitais da Universidade de Oxford, no Reino Unido.
Entre os 1.265 que tinham anticorpos ao novo coronavírus no início apenas dois tiveram resultados positivos nos testes para detetar infeção ativa nos seis meses seguintes, e nenhum deles desenvolveu sintomas.
Os resultados contrastam com os obtidos junto dos 11.364 trabalhadores que inicialmente não tinham anticorpos, com 223 deles a terem resultados positivos nos testes de infeção nos seis meses que se seguiram.
O estudo do Instituo Nacional do Cancro envolveu mais de três milhões de pessoas que fizeram testes de anticorpos em dois laboratórios privados dos Estados Unidos. Apenas 0,3% das pessoas que inicialmente tinham anticorpos testaram positivo para o coronavírus mais tarde, em comparação com os 3% das pessoas que não tinham tais anticorpos.
"É muito gratificante" ver que os investigadores de Oxford encontraram a mesma redução de risco, 10 vezes menos provável ter uma segunda infeção se os anticorpos estiverem presentes, disse Ned Sharpless.
A investigação do Instituto norte-americano foi publicada numa página da internet que é partilhada por cientistas.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.718.209 mortos resultantes de mais de 77,9 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 6.343 pessoas dos 383.258 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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