A ciência comportamental (dedicada ao estudo do comportamento humano) descobriu algumas técnicas que podem influenciar o seu cérebro a ter uma súbita e incompreensível vontade de limpar e organizar a casa.
De acordo com um artigo publicado na revista Galileu, Paul Dolan, cientista de comportamento e autor do livro 'Happiness by Design: Change What You Do, Not How You Think', explica no seu livro factos sobre um estudo de 2005 e refere que aquele aroma cítrico ou a limão que permanece no ar após a casa ser limpa pode, consequentemente, instigar-nos a mantermos o ambiente limpo.
No decorrer da pesquisa, os investigadores colocaram metade dos participantes numa sala com esse cheiro, e outra metade numa sala sem o aroma; e deram-lhes biscoitos estaladiços, que faziam bastantes migalhas.
O grupo na sala que cheirava a frutos cítricos parava constantemente de comer para limpar as migalhas que fazia, enquanto os indivíduos na sala de aroma neutro não se importavam com a sujidade e pararam, em média, apenas uma vez. Só uma pessoa no estudo indicou sentir o perfume do produto de limpeza, e nenhum voluntário reportou estar preocupado, verdadeiramente, com deixar o espaço limpo. Tal significa que a decisão de manter ou não o espaço higienizado foi tomada inconscientemente.
Conforme explica a Galileu, espalhar aromatizantes de ambiente (citrus, de preferência) pela casa pode ajudá-lo e incitá-lo a manter tudo mais limpo.
Em declarações ao NYMag, Dolan afirmou que existem outros métodos para enganar o cérebro a 'querer' limpar, como deixar os produtos de limpeza fora do armário e à vista, partilhar com várias pessoas que vai arrumar a casa num determinado dia e convidar amigos ou familiares para o visitarem.