A empresa norte-americana adiantou, em comunicado, que espera iniciar os ensaios clínicos das vacinas contra a gripe e o vírus da imunodeficiência humana (HIV), responsável pela síndrome de imunodeficiência adquirida (SIDA), ao longo de 2021.
"Após termos demonstrado que a nossa vacina baseada no ARN mensageiro pode prevenir a covid-19, fomos encorajados a concretizar programas de desenvolvimento mais ambiciosos", realçou, na nota, o diretor-executivo da Moderna, Stéphane Bancel.
O responsável frisou que a Moderna vai tentar criar vacinas contra alguns vírus que "têm escapado aos esforços destinados às vacinas tradicionais" e mostrou-se convencido de que esses vírus podem ser combatidos através dessa técnica.
No caso da gripe, a empresa assumiu a vontade de explorar explorar possíveis combinações de vacinas contra esse vírus e o novo coronavírus (SARS-CoV-2).
Já para o HIV, a Moderna está a trabalhar em duas possíveis vacinas, conjuntamente com a Iniciativa Internacional para a Vacina da SIDA e a Fundação Bill e Melinda Gates, acrescentou o diretor-executivo.
A outra vacina destina-se a combater o vírus Nipah, transmitido pelos morcegos frugívoros, através de fluidos como a saliva e o sangue, segundo a Organização Mundial da Saúde.
Descoberto em 1998, o vírus causa febre alta, cefaleia e distúrbios comportamentais, entre os sintomas iniciais, e encefalite, numa fase mais avançada, apresentando uma taxa de mortalidade superior a 70%.
A Moderna trabalha atualmente em 24 programas com tecnologia de ARN mensageiro, 13 dos quais em fase mais avançada, embora a vacina contra o novo coronavírus seja a primeira aprovada de todas as fabricadas pela empresa.
Portugal deve receber, nesta semana, 8.400 doses da vacina da Moderna, destinada a profissionais de saúde prioritários do setor privado, anunciou nesta segunda-feira a ministra da Saúde, Marta Temido.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.934.693 mortos resultantes de mais de 90,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 7.925 pessoas dos 489.293 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.