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SARS-CoV-2. Variantes conservam proteína que pode ser útil para vacinas

Os resultados estão publicados no periódico Nanoscale.

SARS-CoV-2. Variantes conservam proteína que pode ser útil para vacinas
Notícias ao Minuto

09:03 - 13/04/21 por Notícias ao Minuto

Lifestyle Covid-19

Uma pequena proteína do SARS-CoV-2, conhecida como proteína do nucleocapsídeo (N),pode ter um papel importante para tratamentos e vacinas contra a Covid-19. Quem o diz é uma equipa de cientistas da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos Estados Unidos, que analisou a estrutura da proteína em 3D. Os resultados estão publicados no periódico Nanoscale.

“Descobrimos novas características da estrutura da proteína N que podem ter implicações expressivas nos testes de anticorpos e nos efeitos de longo prazo dos vírus pandémicos relacionados à síndrome respiratória aguda grave (SARS)”, afirma, em nota citada pela Galileu, Deb Kelly, responsável por conduzir o estudo.

A análise revelou que a proteína N é conservada em coronavírus pandémicos relacionados à síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV-2, civet, SARS-CoV-1, MERS), incluindo as variantes recentes do SARS-CoV-2. A estrutura de outros coronavírus, como os que causam a constipação comum (OC43, HKU1, NL63 e 229E), apresenta diferenças.

Assim, os cientistas estão confiantes de que, com as descobertas sobre a proteína do nucleocapsídeo, tratamentos e vacinas poderão ser aprimorados. “Como a proteína N é conservada entre variantes do SARS-CoV-2 e do SARS-CoV-1, terapias com o objetivo de atingi-la poderiam ajudar a aplacar sintomas mais severos ou duradouros”, explica a investigadora.

Note que a maioria das 'armas' contra a Covid-19 foram desenvolvidas com base na proteína spike, que pode facilmente ser alvo de mutações, resultando em novas variantes como as encontradas no Reino Unido, na África do Sul, no Brasil e nos Estados Unidos. Já a proteína N está, como explica a Galileu, protegida de pressões externas que fazem a spike mudar. A acrescentar, depois de ser libertada das células infetadas, a proteína N flutua pelo sangue e, com essa livre circulação, causa uma forte resposta imunitária. “Se as terapias forem pensadas para atingir o local onde os anticorpos se ligam à proteína N, elas podem ajudar a reduzir as inflamações e outras respostas imunes duradouras contra a Covid-19”, observa Kelly.

Leia Também: Gilead interrompe estudo de medicamento para o tratamento da Covid-19

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