A Agência Europeia do Medicamento (EMA) anunciou, esta terça-feira, que a administração da vacina da Johnson & Johnson está, à semelhança do que acontece com a vacina da AstraZeneca, associada ao desenvolvimento de coágulos sanguíneos com baixo número de plaquetas no sangue.
Após este anúncio, um cientista alemão que estuda coágulos sanguíneos extremamente raros ligados à vacina da AstraZeneca disse que a Johnson & Johnson concordou em trabalhar com ele no estudo, devido aos efeitos colaterais semelhantes associados à sua proposta contra a Covid-19.
Andreas Greinacher, especialista em medicina de transfusão da Greifswald University, defende, assim como EMA, que os benefícios de receber a injeção da J&J ainda superam o risco de coagulação.
O cientista, que divulgou esta terça-feira um novo artigo que oferece uma possível explicação para as complicações, quer que amostras da vacina da J&J sejam analisados no seu laboratório. Desde meados de março que a sua equipa analisa amostras de pessoas que sofreram coágulos após receber a vacina da AstraZeneca.
“A minha maior necessidade, que expressei à empresa, é ter acesso à vacina, porque a vacina da J&J não está disponível na Alemanha”, , disse Greinacher durante uma entrevista coletiva, citada pela Reuters.
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