Denominada de BV-1, a nova estirpe está a ser monotorizada por cientistas do Complexo de Pesquisa em Saúde Global (GHRC), da Universidade A&M do Texas, reporta um artigo publicado na revista Galileu.
Segundo os investigadores, esta variante pode representar "um novo desafio para a saúde pública”.
As características conhecidas até ao momento da BV-1 estão descritas num artigo científico, que foi enviado para publicação pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC). Sendo que o nome 'BV' alude ao Vale do Brazos, a zona do estado do Texas onde se situa o GHRC.
Esta estirpe terá sido identificada no dia 5 de maço quando estudantes da Universidade A&M foram submetidos a testes de diagnóstico da Covid-19. Na testagem uma amostra de saliva de um aluno revelou conter uma secreção com a nova variante do coronavírus.
Para confirmação a amostra do estudante foi ainda enviada para um laboratório regulamentado pelo governo federal norte-americano, no St. Joseph Health Regional Hospital, na cidade texana de Bryan - o teste deu igualmente positivo para a BV-1.
Por enquanto, os cientistas ainda não sabem ao certo o quão perigosa é esta nova cepa, porém confirmam que apresenta uma combinação de mutações semelhante à de outras variantes que estão atualmente a causar preocupação um pouco por todo o mundo.
Ben Neuman, virologista-chefe do GHRC, disse num comunicado emitido pela universidade: "esta variante combina marcadores genéticos separadamente associados com disseminação rápida, doença grave e alta resistência a anticorpos neutralizantes".
Recentemente foram identificadas múltiplas variantes do novo coronavírus em todo o mundo. O GHRC, por exemplo, explica a Galileu, já detetou dezenas de mutações do SARS-CoV-2 nas últimas semanas, num programa de sequenciamento genético.
"O sequenciamento ajuda a fornecer um sistema de alerta precoce para novas variantes", referiu Neuman.
"Embora possamos ainda não compreender o significado total do BV-1, a variante destaca uma necessidade contínua de vigilância rigorosa e realização de testes genómicos, incluindo em adultos jovens sem sintomas ou apenas com sintomas leves", concluiu.