Um novo estudo, publicado no jornal científico Scientific Reports, defende a sazonalidade do novo coronavírus, afirmando que as temperaturas altas e longas horas de luz solar podem reduzir a propagação da Covid-19.
Para chegar a esta conclusão, os investigadores analisaram, desde janeiro deste ano, dados sobre a propagação da doença em 117 países para perceber a relação entre a latitude - que afeta a quantidade de luz solar que recebe, a temperatura e a humidade - e o seu nível de propagação. A acrescentar, cruzaram estes dados com informações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Os investigadores concluíram que os locais com temperaturas altas e longas horas de luz solar tiveram uma taxa mais baixa de casos. Além dos territórios mais próximos da linha do equador, estes locais incluem também também países com verões mais longos.
Isto não significa que o verão é capaz de travar a Covid-19, mas pode ser uma vantagem no combate à doença. "Os nossos resultados não implicam que a doença desaparecerá durante o verão ou que esta não afetará países próximos do Equador", dizem os autores do Instituto Heidelberg de Saúde Global, na Alemanha, e da Academia Chinesa de Ciências Médicas, em Pequim. As descobertas também significam que "a ameaça de ressurgimento da epidemia pode aumentar durante o inverno", como foi visto em muitos países do Hemisfério Norte etre dezembro de 2020 e janeiro de 2021, acrescentam.
Leia Também: Estudo: Dormir mal duplica risco de disfunção sexual nas mulheres