Médicos da American College of Emergency Physicians, nos EUA, submeteram um ensaio no jornal científico Annals of Emergency Medicine, no qual apresentaram um tratamento anticoagulante que revelou resultados eficazes numa mulher com indícios de trombose, reporta um artigo publicado na revista Galileu.
A mulher de 40 anos terá sido internada de urgência num hospital, no estado do Colorado, 12 dias após receber a vacina da Johnson & Johnson contra a Covid-19.
Segundo os investigadores, a doente relatou sentir dores de cabeça, alterações na visão e tonturas. Tendo sido posteriormente diagnosticada com embolia pulmonar e trombocitopenia trombótica imune induzida por vacina (VITT).
A VITT, conforme explicam os especialistas, tem um risco diminuto associado à vacina da Johnson & Johnson denominada de Ad26.COV2.S.
De acordo com a revista Galileu, no passado dia 13 de abril, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) suspendeu temporariamente a vacinação com aquele imunizante. A agência governamental recomendou ainda, num comunicado emitido à imprensa, que os coágulos fossem tratados com fármacos que não a heparina, medicamento que, "nesse cenário, poderia ser prejudicial".
Como tal, no tratamento da mulher de 40 anos os médicos optaram pela bivalirudina.
Nas palavras dos autores do relatório: "os resultados precoces na paciente sugerem que a bivalirudina pode ser uma alternativa segura à heparina em pacientes que demonstram uma apresentação consistente da VITT".
Todd Clark, professor de medicina de emergência da Universidade do Colorado e um dos co-autores do relatório, aponta que ainda assim as reações com coágulos são muito raras e quase sempre tratáveis
"Os americanos podem ficar tranquilos quanto à vacinação e devem conversar com seus médicos sobre qualquer preocupação. Vacinar-se é um passo crítico para o combate à pandemia e ao retorno normal às nossas vidas", assegurou o professor.