Um estudo recente, realizado por investigadores de várias universidades nos Estados Unidos, descobriu que o comportamento de condução pode ser um forte indicador de que alguém está a sofrer de comprometimento cognitivo leve (CCL) ou de demência.
A pesquisa, publicada na revista Geriatrics, utilizou dados de condução, informações demográficas e computacionais para prever - com 88% de precisão - se um indivíduo tem CCL ou demência.
Embora, seja importante salientar que a idade foi o principal preditor de ambas as doenças, várias características da condução dos indivíduos também mostraram ser bons indicadores.
De acordo com a pesquisa, tal inclui elementos como o número de viagens até 24 km de distância de casa, a duração das viagens, e o número travagens súbitas.
Para chegar a estas conclusões, os cientistas usaram os dados de um trabalho de investigação a longo prazo chamado Longroad, que já rastreou cerca de três mil motoristas nos últimos quatro anos.
No entanto, o estudo académico diz que poucos indivíduos com CCL ou demência foram detetados no conjunto de dados provenientes de Longroad.
Assim, enquanto o modelo dos investigadores conseguiu prever comprometimento cognitivo com alguma confiabilidade, este requer muito mais dados antes que possa ser considerado robusto e altamente preciso.
Como tal, os cientistas sugerem que o seu modelo de aprendizagem computacional seja incorporado numa aplicação de smartphone ou em sistemas de veículos de modo a monitorar o comportamento de condução e indicar se o motorista está a sofrer de comprometimento cognitivo leve ou de demência.