De acordo com um novo estudo da Universidade de Oxford, realizado com 503 profissionais de saúde, a toma da segunda dose do imunizante da Pfizer deve ser feita com um intervalo de oito semanas - melhorando assim a proteção contra o novo coronavírus SARS-CoV-2, causador da Covid-19, reporta um artigo publicado na revista Galileu.
A pesquisa, que ainda não foi revista por pares, analisou profissionais de saúde das cidades de Birmingham, Liverpool, Newcastle, Oxford e Sheffield, todas localizadas no Reino Unido.
Os investigadores compararam os voluntários que foram vacinados em média com três a quatro semanas de intervalo e outros com uma pausa estimada de 10 semanas entre as doses.
Leia Também: Vacinas mRNA registam "elevada efetividade" na população acima dos 65
Segundo a pesquisa, o intervalo mais longo de toma da vacina da Pfizer foi associado a índices de anticorpos neutralizantes duplamente mais elevados do que seriam perante a interrupção mais diminuta. Mesmo tendo em conta todas as novas variantes do coronavírus.
Conforme explica a Galileu, o processo mais demorado de 10 semanas otimiza igualmente a reação das células T auxiliares, que contribuem para a manutenção da memória imunológica e para a produção de anticorpos. Porém, os cientistas registaram que um declínio significativo na quantidade de anticorpos entre uma dose e a outra, deixando os voluntários menos protegidos durante o intervalo entre as duas tomas do imunizante.
Consequentemente, os académicos creem que a pausa ideal entre as doses corresponde a oito semanas.
Essa conclusão foi divulgada numa entrevista coletiva por Susanna Dunachie, professora da Universidade de Oxford envolvida no estudo.
A investigadora salientou ainda a extrema relevância de receber as duas porções do imunizante.
"Está claro a partir das nossas descobertas que, para maximizar a proteção individual, é muito importante receber as duas doses da vacina contra a Covid-19 quando oferecida", disse, num comunicado emitido à imprensa.
Leia Também: Mulheres reportam aumento dos seios após toma da vacina da Pfizer