Os adolescentes que têm uma relação próxima e segura com as suas famílias têm mais probabilidades de desenvolver empatia pelas outras pessoas, revela um estudo desenvolvido pelo departamento de psicologia da University of Virginia, nos Estados Unidos.
Segundo precisa a investigação, os adolescentes que se sentem protegidos, apoiados e ligados afetivamente aos pais ou outros adultos responsáveis estão melhor equipados para sentir e expressar empatia.
"Os adolescentes não gostam, geralmente, que lhes digam o que devem fazer e penso que não funciona dizer-lhes que devem ter empatia pelos outros. (...) O que funciona é verem empatia", afirmou Jessica Stern, a autor principal do estudo, em declarações à CNN.
Para apurar a questão, a investigação analisou as relações entre pais e filhos de 174 adolescentes durantes quatro anos (dos 14 aos 18 anos) e depois observou as relações dos menores entre si. O estudo teve por base a teoria do apego, que defende que "a ideia de que todos os seres humanos têm necessidade de se relacionarem", mas que a qualidade das relações estabelecidas diferem e influenciam essa necessidade ao longo do tempo.
A cientista social sublinhou ainda que, de acordo com outras pesquisas já realizadas, os adolescentes que são mais empáticos demonstram níveis baixos de agressividade e preconceito e têm menos probabilidades de serem 'bullys'. "Por isso é que é tão importante compreendermos de onde vem ou é construída a empatia", acrescentou.
"Os resultados que obtivemos sugerem que, para promover empatia nos adolescentes, os pais precisam de expressá-la e estimulá-la", adiantou ainda a especialista.
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