Oito condições que fazem com que vacina seja menos eficaz, revela estudo

Investigadores alertam que quatro em dez pessoas clinicamente vulneráveis - incluindo quem sofre de certos tipos de cancro - não reagem bem às várias vacinas contra a Covid-19, comparativamente a indivíduos saudáveis.

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Notícias ao Minuto
01/09/2021 07:50 ‧ 01/09/2021 por Notícias ao Minuto

Lifestyle

Covid-19

As vacinas contra a Covid-19 apresentam uma menor probabilidade de funcionarem em pessoas com condições como artrite inflamatória ou doenças do fígado, revela um novo estudo citado pelo jornal britânico Mirror Online. 

Investigadores alertam que quatro em cada dez pessoas clinicamente vulneráveis - incluindo aquelas com certos tipos de cancro - não respondem tão bem às vacina como recetores saudáveis.

Uma em cada 10 pessoas com o sistema imunológico debilitado não gerou nenhuns anticorpos, enquanto 40% registavam uma menor quantidade contrariamente a condições de saúde subjacentes.

Pessoas que foram submetidas a transplantes de medula óssea, aqueles com cancro de sangue e pacientes submetidos a hemodiálise também tiveram respostas menos eficientes às vacinas, demonstram dados de exames de sangue.

No estudo liderado por investigadores da Universidade de Glasgow e do Birmingham's Cancer Research UK Clinical Trials Unit, foram analisadas amostras de sangue de 600 pacientes de forma a identificar grupos com menor capacidade de resposta a vacinas. 

O estudo constatou que a proporção de pacientes com níveis mais baixos de reatividade aos anticorpos em comparação com indivíduos saudáveis foram:

  1. Aqueles com Anticorpos Citoplasmáticos Antineutrófilos (ANCA)-Vasculite Associada (AAV) (um grupo de doenças caracterizadas pela destruição e inflamação de pequenos vasos) que estão a ser tratadas com Rituximab - 90%.
  2. Quem tem artrite inflamatória - 54%.
  3. Aqueles que estão submetidos a hemodiálise (o tipo mais comum de diálise - um procedimento para remover resíduos e excesso de líquido do sangue quando os rins deixam de funcionar corretamente) - 21%.
  4. Indivíduos submetidos a hemodiálise a receber terapia imunossupressora - 42%.
  5. Aqueles com doença hepática (fígado) - 51%.
  6. Pessoas que sofrem de cancro avançado - 17%.
  7. Indivíduos com malignidades hematológicas (cancros do sangue) - 39%.
  8. Aqueles que foram submetidos a transplante de células estaminais hematopoiéticas (transplante de medula óssea) - 33%.

A professora Pam Kearns, diretora da Unidade de Pesquisa de Cancro da Universidade de Birmingham, disse: "um número significativo de pessoas no Reino Unido foram aconselhados a protegerem-se porque têm condições ou doenças crónicas que os colocam em maior risco de doença grave e morte de Covid-19".

"O rápido desenvolvimento de vacinas para a Covid-19 tem sido um grande passo em frente na batalha contra esta pandemia global, e as pessoas mais clinicamente em risco estiveram entre as primeiras no Reino Unido a receberem a vacina".

"No entanto, embora saibamos que as vacinas contra a Covid-19 são altamente eficazes em indivíduos saudáveis, as perguntas permaneceram quanto à sua eficácia na proteção dos doentes crónicos".

Kearns aponta que os resultados preliminares do estudo podem ajudar a informar as autoridades de saúde acerca de como vacinar pessoas com doenças crónicas. 

Leia Também: Moderna é mais eficaz contra a variante Delta, dizem estudos

 

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