De acordo com a farmacêutica britânica, o medicamento AZD7442 mostrou levar a uma diminuição notória de casos graves e mortes por Covid-19 em pacientes de risco.
A pesquisa foi realizada em 96 locais em 13 países distintos, reporta a CNN. O ensaio clínico terá decorrido nos Estados Unidos, Reino Unido, República Checa, Alemanha, Hungria, Itália, Japão, México, Polónia, Rússia, Espanha e Ucrânia.
Entretanto, dos 903 voluntários envolvidos no estudo, 90% eram indivíduos que apresentavam um risco elevado de virem a sofrer de Covid-19 grave, nomeadamente pacientes com comorbidades prévias como diabetes, obesidade ou doenças cardíacas.
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Tendo em conta esse grupo de alto risco, a probabilidade de desenvolver um quadro grave ou de óbito por Covid-19 caiu 50% em pelo menos sete dias, segundo a farmacêutica.
"Com casos contínuos de infeções graves por Covid-19 em todo o mundo, há uma necessidade significativa de novas terapias como o AZD7442 que podem ser usadas para proteger populações vulneráveis e podem ajudar a prevenir a progressão para doença grave", disse à CNN o professor de medicina da University College London, Hugh Montgomery, e principal investigador do novo medicamento da AstraZeneca.
O fármaco é o primeiro tratamento que demonstrou eficácia contra a Covid-19 a chegar com sucesso à fase de teste em humanos.
No passado dia 5 de outubro, a empresa apresentou um pedido à Food and Drug Administration (FDA), a agência reguladora norte-americana de medicamentos e alimentos, para autorizar com caráter emergencial, a injeção AZD7442 para profilaxia de Covid-19.
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