Risco de AVC antes dos 50 é mais elevado em pessoas com este hábito

Num estudo que envolveu aproximadamente 80 mil pessoas, fumadores de cigarros eletrónicos ('e-cigarretes') tiveram o seu primeiro AVC com uma idade média de 48 anos - comparativamente, a 11 anos antes aqueles que fumam cigarros tradicionais.

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Notícias ao Minuto
09/11/2021 20:01 ‧ 09/11/2021 por Notícias ao Minuto

Lifestyle

Acidente vascular cerebral

Apesar da incidência de um derrame ou acidente vascular cerebral (AVC) ser mais frequente entre fumadores de cigarros considerados tradicionais, quem consome cigarros eletrónicos regista uma probabilidade 15% superior de experienciar a condição mais cedo comparativamente aos primeiros, conforme explica um artigo publicado na revista Galileu.

Tal, trata-se de uma das conclusões preliminares de uma pesquisa que será apresentada em breve no evento virtual da Associação Americana do Coração (AHA), entre 13 e 15 de novembro deste ano.

"O público tem de saber que a segurança dos cigarros eletrónicos não foi comprovada como segura e não deve ser considerada uma alternativa ao tabagismo tradicional", partilha Urvish K. Patel, diretor do departamento de saúde pública e neurologia da Escola de Medicina Icahn em Mount Sinai, nos Estados Unidos, e um dos autores do estudo, num comunicado emitido à imprensa. 

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Os investigadores detetaram que, entre utilizadores dos chamados 'vapes', as ocorrências de AVC sucediam, em média, aos 48 anos. Entretanto, entre os consumidores de tabaco tradicional, em que o problema tende a dar-se por volta dos 59.

No entanto, quem usa as duas opções apresenta um risco mais elevado de sofrer um AVC aos 50 anos. 

A conclusão, confirma a Galileu, advém da análise de dados de 79.825 adultos com historial de derrame adeptos de cigarros tradicionais, eletrónicos ou ambos. Sendo que entre os voluntários 7.756 (9,72%) consumiam cigarros eletrónicos; 48.625 (60,91%) usavam cigarros comuns, e para 23.4444 (39,37%) utilizavam as duas formas de tabaco.

De acordo com os académicos, o AVC é definitivamente mais preponderante entre os fumadores de cigarros tradicionais do que entre os utilizadores da versão eletrônica ou pessoas que utilizavam ambos: 6,75% em comparação a 1,09% e 3,72%, respetivamente. Todavia, e ainda assim, quem opta pelos eletrónicos têm um risco 15% superior de sofrer um acidente vascular cerebral cerca de 10 anos antes. 

Ao invés de inalar o fumo proveniente da queima do tabaco, que por sua vez expele milhares de substâncias tóxicas dentro do organismo, os utilizadores dos 'e-cigarretes' inalam o vapor contido no líquido desses dispositivos, que funcionam através de uma bateria de lítio, alerta a Organização Mundial de Saúde (OMS). 

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