Paradoxo. Memória imunológica dura menos após casos graves de Covid-19

Análises feitas a pacientes internados no Hospital Universitário da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, registaram que aqueles que recuperaram de formas mais brandas da Covid-19 tinham uma melhor memória imunológica do coronavírus.

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Notícias ao Minuto
30/12/2021 11:15 ‧ 30/12/2021 por Notícias ao Minuto

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Entretanto, de acordo com o estudo publicado no Plos One e citado pela revista Galileu, nos doentes que sofreram de casos graves de Covid, essa memória dura menos.

Para efeitos daquela pesquisa, os investigadores focaram a sua análise sobretudo nas células B de memória que reagem contra a proteína espícula ou 'spike' do coronavírus - a partir da qual o SARS-CoV-2 entra e se fixa no organismo. 

Sendo que as células ou linfócitos B são um elemento chave do sistema imunológico, incumbido da produção de anticorpos. Todavia, a célula B de memória, é um subtipo formado apenas após uma infeção primária, que tem como função reagir celeremente na eventualidade do corpo voltar a ser infetado pelo mesmo patógeno. 

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Conforme explica a revista Galileu, os cientistas da Universidade do Texas notaram que, em doentes que padeceram de quadros menos severos da patologia, as células B deteram uma melhor memória da proteína espícula.

Os investigadores categorizaram 'quadros menos graves' como aqueles em que os indivíduos internados não necessitaram do suporte de ventiladores mecânicos.

Entretanto, os pacientes com formas mais severas de Covid-19 incluíram aqueles que requereram ventilação invasiva ou estiveram dependentes de uma ECMO - um aparelho que realiza oxigenação extracorpórea quando o coração ou pulmões estão extremamente debilitados. Nestes doentes, paradoxalmente, foi constatada uma memória imunológica ligeiramente mais curta.

De modo a entender a reação do sistema imunológico dos doentes, refere a Galileu, os especialistas recolheram amostras de sangue um mês após o começo dos sintomas e cinco meses depois da infeção pelo novo coronavírus.

No primeiro mês, a concentração de células B que reagiam à proteína espícula mostrou-se elevada em todos os pacientes, contudo era ligeiramente maior entre os oito que experienciaram Covid mais ligeira. 

Os investigadores consideram que os dados apurados apontam que a memória imunológica mais longa entre pacientes que não desenvolvem casos severos da patologia pandémica pode ter consequências a longo prazo, dando maior imunidade relativamente a reinfeções e influenciando a gravidade da Covid-19. 

Leia Também: Cientistas identificam anticorpos que podem neutralizar variante Ómicron

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