A Moderna anunciou, esta quarta-feira, que no âmbito da fase 2 do ensaio clínico que procura criar uma dose de reforço da vacina contra a Covid-19 que combata especificamente a variante Ómicron, o primeiro participante foi já vacinado.
Num comunicado de imprensa, citado pela CNN, o CEO da farmacêutica, Stéphane Bancel, esclareceu que "dada a ameaça a longo prazo" resultante da variante Ómicron, a Moderna decidiu avançar com o desenvolvimento de uma "vacina de reforço" direcionada especificamente para imunizar as populações contra esta estirpe em específico. "Temos o prazer de iniciar a fase 2 do nosso estudo", acrescentou.
Os ensaios incluem um total de 600 adultos, metade dos quais já recebeu duas doses da vacina da Moderna há pelo menos seis meses, e a outra metade recebeu não apenas essas duas doses iniciais, mas também, há pelo menos três meses, a dose de reforço.
Esta dose de reforço especifica contra a Ómicron será, desta forma, avaliada como uma terceira ou quarta dose da vacina contra a covid-19.
"Estamos também a avaliar se devemos incluir esta opção específica contra a Ómicron no nosso programa de reforço polivalente", diz ainda o representante da empresa, na mesma nota.
A Moderna promete ainda partilhar os dados derivados deste ensaio clínico com os líderes internacionais de saúde pública, para que estes possam tomar decisões acerca da melhor estratégia de vacinação de reforço contra o novo coronavírus.
A empresa norte-americana também revelou resultados sobre a eficácia da terceira dose da sua vacina contra a Ómicron. O estudo publicado esta quarta-feira no New England Journal of Medicine mostra que uma dose de reforço da vacina da Moderna contra a Covid-19 continua a ser eficaz contra a Ómicron, embora a imunidade passe a ser seis vezes inferior cerca de seis meses após decorrida a inoculação.
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[Notícia atualizada às 00h04]