Infeção mais longa por Covid durou mais de 16 meses, mostram testes

Médicos do Reino Unido acreditam ter documentado a maior infeção de Covid-19 jamais registada - um paciente terá registado níveis detetáveis do vírus por mais de 16 meses, ou 505 dias, no total.

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Notícias ao Minuto
22/04/2022 09:32 ‧ 22/04/2022 por Notícias ao Minuto

Lifestyle

Coronavírus

O indivíduo, que permanece anónimo, tinha outras condições médicas subjacentes e infelizmente morreu no hospital em 2021, reporta a BBC News. 

Infeções persistentes como esta ainda são raras, dizem os médicos de Londres.

A maioria das pessoas 'expulsa' naturalmente o vírus, contudo o paciente em questão apresentava um sistema imunológico severamente enfraquecido.

Leia Também: Coronavírus: 11 sinais de que está a sofrer de Covid longa

Infeções crónicas como estas apontam para a necessidade de realizar mais estudos para melhorar a nossa compreensão da Covid e os riscos que pode representar, dizem especialistas.

O paciente contraiu a Covid pela primeira vez no início de 2020. A pessoa apresentava múltiplos sintomas e a infeção foi confirmada com um teste de PCR.

A pessoa em questão terá entrado e saído do hospital em múltiplas ocasiões nas 72 semanas seguintes, tanto para exames de rotina quanto para receber cuidados médicos. 

Em cada ocasião - cerca de 50 no total - testou positivo, o que significa que ainda sofria de Covid-19. 

Os médicos, do King’s College London and Guy’s and St Thomas’s NHS Foundation Trust, dizem que análises laboratoriais detalhadas revelaram que era a mesma infeção persistente, ao invés de episódios repetidos.

Sendo que o paciente não conseguiu curar-se da infeção, mesmo após receber medicamentos antivirais.

Isto é diferente da chamada Covid longa, em que o vírus deixa de estar presente no organismo, mas os sintomas persistem.

Um dos médicos que irá apresentar os resultados numa conferência médica - o Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas - é o Dr.  Luke Blagdon Snell.

O clínico disse à BBC: "realizámos testes de esfregaço de garganta que deram sempre positivo. O paciente nunca teve um teste negativo. E podemos dizer que foi uma infeção contínua porque a sua assinatura genética - a informação que obtivemos ao sequenciar o genoma viral - era única e constante naquele paciente".

Leia Também: Dor de garganta: Como saber se é Covid ou constipação

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