Monkeypox: 11 novos sintomas que podem facilmente passar despercebidos
Doença pode manifestar-se de forma semelhante a uma gripe e causar dor mesmo antes do surgimento de feridas.
© Reuters
Lifestyle Saúde
Médicos do Reino Unido, onde foram já registados quase 700 casos de infeção pelo vírus Monkeypox, alegam que, na atual vaga, boa parte dos doentes que procura ajuda médica apresentam sintomas diferentes dos relatados em surtos anteriores na África.
Segundo o The Sun, um estudo que monitorizou 54 indivíduos infetados, em maio, afirma que a maioria das lesões na pele surgiu na região genital. Também houve casos que apresentaram febre e cansaço.
Todas os sintomáticos apresentaram algum tipo de lesão na pele. Apenas 18% não teve nenhum sintoma antes de apresentar as feridas típicas da doença.
A médica Ruth Byrne, do hospital Chelsea & Westminster, no Reino Unido, afirmou ao The Sun, que alguns doentes também têm gonorreia e clamídia, duas doenças sexualmente transmissíveis. "É possível que vários casos de Monkeypox se confundam com DSTs comuns, como herpes e sífilis. É importante que médicos e doentes estejam cientes dos sintomas para evitar que seja feito um diagnóstico errado e percam a oportunidade de tratar e prevenir que o vírus se espalhe ainda mais", diz.
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos alertou que muitos doentes podem ter irritação nos genitais, ânus e cantos da boca. Em caso de infeção, também podem sentir dor nessas zonas do corpo, inflamação e até dificuldade para evacuar.
Com tudo isto em mente, eis 11 sintomas que, segundo o jornal Metrópoles, são os mais comuns:
- Febre;
- Dor de cabeça;
- Dor muscular;
- Dor nas costas;
- Calafrios;
- Exaustão;
- Suor noturno;
- Sintomas gripais, como congestão e pingo no nariz;
- Inchaço nos gânglios linfáticos;
- Inchaço na virilha;
- Erupções cutâneas.
Outras complicações:
- Alterações de humor;
- Dor severa;
- Conjuntivite.
O que fazer se apresentar sintomas de Monkeypox:
A Direção-Geral da Saúde recomenda que quem apresente lesões ulcerativas, erupção cutânea, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço, procure aconselhamento médico e evite o contacto próximo com os outros. É ainda recomendada a higienização das mãos com regularidade.
O vírus Monkeypox foi descoberto, pela primeira vez, em 1958 quando dois surtos de uma doença semelhante à varíola ocorreram em colónias de macacos mantidos para investigação, refere o portal do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês).
O primeiro caso humano de infeção foi registado em 1970 na República Democrática do Congo, durante um período de esforços redobrados para erradicar a varíola. Desde então, vários países da África Central e Ocidental reportaram casos.
Apesar de a doença não requerer uma terapêutica específica, a vacina contra a varíola, antivirais e a imunoglobulina vaccinia podem ser usados como prevenção e tratamento.
O tempo de incubação é, geralmente, de sete a 14 dias, e a doença, endémica na África Ocidental e Central, dura, em média, duas a quatro semanas.
Leia Também: Monkeypox: Portugal já recebeu primeiras 2.700 doses de vacinas
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com