O surgimento de novas variantes, e subvariantes, faz com que a vacina, contra a Covid-19, seja menos eficaz, por isso, tomar apenas duas doses pode ser limitador, segundo os especialistas. No entanto, também não existia informação suficiente, para saber se uma terceira dose, aumentaria a proteção. Até agora.
Investigadores, na Dinamarca, assinam um novo estudo, publicado na revista científica PLOS Medicine, onde se sugere que tomar uma terceira dose da vacina vai aumentar o nível e duração da proteção contra a infeção, especialmente, com a variante Ómicron, diminuindo, ao mesmo tempo, o risco de hospitalizações.
Então, para entender a eficácia de duas ou três doses da vacina, a equipa analisou todos os dinamarqueses, não infetados, com 12 anos ou mais, cujos dados foram disponibilizados pelo Sistema Nacional de Registo Civil Dinamarquês, mas também pelo Registo Dinamarquês de Vacinação.
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Para o estudo, os investigadores tiveram em conta fatores como idade, sexo, localização geográfica e histórico de vacinação, antes de comparar taxas de infeção e hospitalização, com indivíduos não vacinados, lê-se em comunicado.
Graças a todas estas informações, conseguiram descobrir que uma terceira dose da vacina, fornece maior proteção, contra a infeção e hospitalização, provocada pela variante Ómicron, do que apenas duas. Perceberam ainda que com as três há menos probabilidades de que o nível de proteção diminua.
"As nossas descobertas indicam que uma terceira dose é necessária para manter a proteção contra a infeção por mais tempo e garantir um alto nível de proteção contra a hospitalização por Covid-19 com a variante Omicron", afirmam os autores do estudo.
Acrescentando que é necessário continuar a investigar para entender qual é a durabilidade da terceira dose da vacina, após 120 dias, e avaliar a necessidade da toma de outras doses, no futuro.
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