Em setembro assinala-se, mundialmente, o mês do Alzheimer, diz o The Independent. Então, a propósito da ocasião, o jornal falou com especialistas para enumerar alguns factos, menos conhecidos, sobre o assunto.
Para Caroline Scates, é vice-diretora de desenvolvimento da Admiral Nurse, na Dementia UK, no Reino Unido, é essencial saber que demência e Alzheimer não são a mesma coisa.
Demência é um termo genérico utilizado para designar um conjunto de doenças que se caracterizam por alterações cognitivas que pioram gradualmente. "Existem mais de 200 subtipos diferentes. A doença de Alzheimer é uma delas e é a forma mais comum de demência", acrescenta. No geral, os sintomas incluem problemas na memória, pensamento, comunicação, entre outros.
No entanto, este não é o único facto coisa que, muitas vezes, é mal compreendido sobre estas condições, diz o The Independent.
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Demência pode afetar pessoas de qualquer idade
Apesar de demência ser um diagnóstico mais comum entre pessoas com mais de 65 anos, não é algo que afeta apenas os idosos, podendo manifestar-se mais cedo.
Não é sempre hereditário
Só porque o seu pai, avô, ou outro elemento da família, tem demência, não significa que também lhe vai acontecer o mesmo. "Existem alguns tipos raros de demência que podem ser herdados, mas com eles a doença tende a desenvolver-se mais cedo na vida e, em casos raros, as pessoas podem começar a mostrar os sinais aos 30 anos", diz o especialista Fran Vandelli, ao jornal.
Demência e alimentação estão interligadas
Por exemplo, pessoas com diabetes tipo 2 e hipertensão, estão mais em risco de vir a ter Alzheimer, diz o especialista. Problemas, normalmente, associados à má alimentação, onde se destacam alimentos processados ou com excesso de açúcar e que devem ser evitados.
Manter-se ativo pode ajudar a prevenir a demência
Além de fazer uma dieta saudável, também deve fazer, regularmente exercício, para reduzir o risco de demência. "Manter-se ativo e envolvido em 'hobbies' ajuda a manter a força física e a destreza. Também pode ajudar a controlar o nosso peso e pressão arterial e é ótimo para sua saúde mental também", explica Fran Vandelli. Tudo isto são factos que já foram comprovados várias vezes por investigadores.
É possível continuar a viver com qualidade após um diagnóstico deste género
Muitas pessoas conseguem ter uma vida ativa, continuando a conduzir e trabalhar, por exemplo, após serem diagnosticadas com demência. "Com o apoio certo e algumas mudanças práticas, é possível viver bem com a demência". O importante é continuar com as suas rotinas e criar um sistema de apoio.
Não deve corrigir sempre uma pessoa com demência
Pessoas com demência podem ficar confusas e desorientadas, "levando-as a acreditar em coisas que não são verdadeiras - conhecidas como falsas crenças ou delírios", diz Caroline Scates. Por isso, corrigi-los, quando cometem um erro, pode não ser sempre a melhor ideia. Nessas alturas, deve tentar explicar de uma forma calma, o que está a acontecer, sem os desafiar ou corrigir, para não ficarem nervosos.
Cores contrastantes podem ajudar pacientes com demência a orientar-se
Andar pela casa pode ser uma tarefa difícil para as pessoas com demência que têm problemas com a perceção de distância e profundidade. Por isso, usar cores contrastantes, nos objetos de decoração ou até na tinta das paredes, pode ajudá-los a navegar pela casa, ou outros espaços.
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