Foi publicado, recentemente, um novo estudo onde se sugere que respirar poeiras, vapores, gases e solventes, muito comuns e facilmente encontrados em locais de trabalho, aumenta o risco de artrite reumatoide. Além disto, também é possível que intensifiquem o impacto negativo do tabagismo e a suscetibilidade genética para a doença, dizem os investigadores.
Para fazer este estudo, publicado na Annals of the Rheumatic Diseases, revista científica, os cientistas analisaram dados recolhidos para uma investigação sueca.
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Informações que incluíram mais de quatro mil pessoas diagnosticadas, com artrite, entre 1996 e 2017, e que foram comparadas com um grupo de controlo, com mais de seis mil pessoas, sem esta doença.
Quase três quartos das pessoas com artrite, cerca de 73%, tinham sido expostos a, pelo menos, um tipo de poeira ou vapor, no local de trabalho.
Além disto, ao analisar os resultados foi possível concluir que a exposição a estes agentes, no local de trabalho, também parecia aumentar, ainda mais, este risco ao interagir com o tabaco e fatores genéticos.
Os investigadores explicam, no estudo, que a artrite é caracterizada pela presença ou ausência de anticorpos da anti-proteína citrulinada (ACPA). Quando estão presentes, fazem com que o prognóstico da doença seja pior, aumentando também as taxas de dano articular erosivo.
No geral, a exposição a estes agentes aumenta o risco deste diagnóstico, com estes anticorpos, em 25%, número que aumenta para 40%, quando se fala da população masculina.
Os investigadores analisaram 32 agentes e concluíram que 17, incluindo quartzo, amianto, fumo de diesel, fumo de gasolina, monóxido de carbono e fungicidas, estão muito associadas a um risco aumentado de desenvolver doença, com ACPA. Apenas alguns agentes como pó de quartzo (sílica), amianto e detergentes estavam associados a uma diagnóstico com ACPA negativa.
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