Terapia experimental mostra-se eficaz em 70% dos pacientes com cancro

Investigadores do Instituto The Tisch Cancer na Escola de Medicina Icahn no Monte Sinai, no Egito, explicam que foram realizados dois ensaios clínicos e ambos comprovaram a eficácia do tratamento.

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Notícias ao Minuto
12/12/2022 12:32 ‧ 12/12/2022 por Notícias ao Minuto

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Cancro

Foram realizados dois ensaios clínicos, onde se testou um novo tratamento contra o mieloma múltiplo, um tipo de cancro com origem nos plasmócitos da medula óssea. Segundo uma equipa do Instituto The Tisch Cancer na Escola de Medicina Icahn no Monte Sinai, no Egito, se mostrou-se eficaz em até 73% dos pacientes.

Trata-se de uma terapia experimental, cujo objetivo é direcionar as células T (glóbulos brancos que podem ser recrutados para combater doenças) para as células do mieloma múltiplo, ou seja, eliminando as células cancerígenas da medula óssea, explicam os investigadores, em comunicado. 

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Os resultados positivos desta imunoterapia, chamada talquetamab e que está pronta a ser utilizada, dizem os investigadores, foram observados até em pacientes com um tipo de cancro resistente e que não reagiu a outras terapias, atualmente utilizadas, contra o mieloma múltiplo.

O tratamento foi testado em duas fases: a primeira serviu para estabelecer a quantidade de doses da imunoterapia que deveriam ser recomendadas.

Os investigadores chegaram à conclusão que duas seria o ideal, e o estudo foi publicado na The New England Journal of Medicine, revista científica. 

A seguir, os cientistas avançaram para a segunda fase, testando a terapia, e os resultados foram apresentadas na reunião anual da Sociedade Americana de Hematologia. Nesta fase foram incluídos 143 pacientes tratados com uma dose semanal e 145 pacientes tratados com uma dose quinzenal e mais alta.

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Durante esta segunda fase, a taxa de resposta geral nesses dois grupos foi de cerca de 73%, explicam os investigadores. Número que se manteve em vários subgrupos analisados, com exceção de pessoas com uma forma rara deste cancro, que também se estende aos órgãos e tecidos moles.

Mesmo assim, mais de 30% dos pacientes, em ambos os grupos, tiveram uma resposta positiva e completa ou melhor, e quase 60% relataram uma resposta parcial muito boa ou melhor, indicando que o cancro foi substancialmente reduzido, mas não desapareceu, explicam os cientistas. 

Em média, os efeitos da terapia começaram a ser sentidos em, aproximadamente, 1,2 meses em ambos os grupos. Já os efeitos secundários foram frequentes, mas muito leves, que afetaram a pele e unhas. Apenas cinco a 6% dos pacientes desistiram dos tratamentos devido a estes efeitos. 

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