Fígado gordo pode ter efeitos negativos no cérebro, dizem investigadores
É a conclusão de um novo estudo, onde se analisou a ligação entre a esteatose hepática não alcoólica, doença também conhecida como fígado gordo, e a disfunção cerebral.
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Graças aos cientistas do Instituto de Hepatologia Roger Williams, no Reino Unido, foi possível encontrar uma relação entre a esteatose hepática não alcoólica, doença também conhecida como fígado gordo, e a disfunção cerebral.
Aliás, mais concretamente, os investigadores descobriram que a "acumulação de gordura no fígado causa uma diminuição de oxigénio no cérebro e inflamação do tecido cerebral - ambos fatores que levam ao aparecimento de doenças cerebrais graves", lê-se em comunicado.
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A investigação, publicada na Journal of Hepatology, uma revista científica, envolveu uma experiência com ratos que foram alimentos com duas dietas diferentes. Metade dos animais consumiu uma dieta com não mais que 10% de gordura; a outra metade fazia uma alimentação que continha 55% de gordura, o que se assemelhava a uma dieta rica em alimentos processados e bebidas açucaradas.
Com esta análise, após 16 semanas, os investigadores descobriram que todos os ratos que consumiram mais gordura eram considerados obesos e ainda desenvolveram esteatose hepática não alcoólica, resistência à insulina e disfunção cerebral.
O mesmo estudo também comprovou que os níveis de oxigénio nos cérebros destes ratos era mais baixo. Além disso, estes animais também estavam mais ansiosos e até apresentavam sinais de depressão.
O grupo que consumiu uma dieta saudável não desenvolveu esta doença, nem resistência à insulina, e o seu cérebro estava completamente saudável.
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