Os números são pavorosos. A Alzheimer Europe estima que, em Portugal, existam cerca de 200 mil pessoas com demência e a tendência é para que os casos aumentem, em 2050, para 350 mil. Talvez também não imagine sequer que está provado que cerca de 40% das demências, como o Alzheimer (a forma mais comum de demência), podem ser prevenidas ou atrasadas.
Acontece que normalmente associamos esta e outras doenças à velhice, certo? O problema é quando damos por nós na idade adulta a apresentar sinais de alerta, muitas vezes desvalorizados.
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Tendo isso em mente, a Alzheimer's Association alerta para sintomas precoces de Alzheimer, uma doença neurodegenerativa que causa perda de memória e declínio cognitivo progressivos, perturbações da linguagem e até dificuldade em realizar tarefas como pagar contas e lidar com o dinheiro. Ei-los:
- Alterações na capacidade de planeamento e dificuldades de cálculo;
- Dificuldade em realizar tarefas simples;
- Desorientação em locais conhecidos;
- Perturbações da linguagem;
- Alteração da memória.
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Recorde-se que a demência é um termo genérico utilizado para designar um conjunto de doenças que se caracterizam por alterações cognitivas que podem estar associadas a perda de memória, alterações da linguagem e desorientação no tempo ou no espaço.
Para a maioria não existe tratamento, nem uma forma definitiva de prevenir a demência, e as perspectivas são más. A Organização Mundial de Saúde estima que existam 47.5 milhões de pessoas com demência em todo o mundo, número que pode chegar os 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050, para 135.5 milhões.
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