Apatia, insensibilidade e outros sintomas da doença de Bruce Willis

O conhecido nome de Hollywood foi diagnosticado com demência frontotemporal.

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Notícias ao Minuto
17/02/2023 07:44 ‧ 17/02/2023 por Notícias ao Minuto

Lifestyle

Demência frontotemporal

Depois de ter sido diagnosticado com afasia no ano passado, foi descoberto que Bruce Willis, de 67 anos, sofre de demência frontotemporal (DTF). O anúncio foi feito pela filha do ator numa publicação nas redes sociais. 

"Desde que anunciámos o diagnóstico de afasia na primavera de 2022, o estado de saúde de Bruce progrediu e agora temos um diagnóstico mais claro: demência frontotemporal. (...) "Infelizmente, os problemas de comunicação são apenas um sintoma da doença que Bruce enfrenta",  escreveu Rummer Willis.

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Este subtipo da doença resulta de uma degeneração dos lobos temporais do cérebro e consiste numa perturbação de comportamento. Os doentes podem tornar-se desinibidos, apáticos, obsessivos e insensíveis. Outros sintomas incluem discurso limitado. "A pessoa em vez de conseguir encontrar a palavra certa para nomear um objeto, pode apenas conseguir descrevê-lo. Por exemplo, em vez de dizer relógio, a pessoa pode referir-se a este como aquilo que serve para ver as horas", aponta o 'website' da Alzheimer Portugal.

A DFT pode afetar homens e mulheres. Habitualmente, tem início entre os 40 e os 65 anos, de acordo com a associação. "Cerca de 50% das pessoas com DFT têm história familiar da doença" e "aqueles que a herdam parecem ter uma mutação no gene da proteína tau, no cromossoma 17, o que leva à produção de uma proteína tau alterada."

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A esperança média de vida é de seis a 12 anos. "A morte ocorre, normalmente, devido a uma infeção." Para já, ainda não existe cura ou tratamento disponível para a DFT. Ainda assim, sintomas secundários, como depressão, podem ser aliviados por medicação.

Recorde-se que demência é um termo genérico utilizado para designar um conjunto de doenças, como o Alzheimer - segundo a rede de saúde CUF, representa cerca de dois terços de todos os casos -, que se caracterizam por alterações cognitivas que podem estar associadas a perda de memória, alterações da linguagem e desorientação no tempo ou no espaço.

A Organização Mundial da Saúde estima que existam 47.5 milhões de pessoas com demência em todo o mundo e prevê que este número possa chegar aos 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050, para 135.5 milhões. 

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