Depois de ter sido diagnosticado com afasia no ano passado, foi descoberto que Bruce Willis, de 67 anos, sofre de demência frontotemporal (DTF). O anúncio foi feito pela filha do ator numa publicação nas redes sociais.
"Desde que anunciámos o diagnóstico de afasia na primavera de 2022, o estado de saúde de Bruce progrediu e agora temos um diagnóstico mais claro: demência frontotemporal. (...) "Infelizmente, os problemas de comunicação são apenas um sintoma da doença que Bruce enfrenta", escreveu Rummer Willis.
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Este subtipo da doença resulta de uma degeneração dos lobos temporais do cérebro e consiste numa perturbação de comportamento. Os doentes podem tornar-se desinibidos, apáticos, obsessivos e insensíveis. Outros sintomas incluem discurso limitado. "A pessoa em vez de conseguir encontrar a palavra certa para nomear um objeto, pode apenas conseguir descrevê-lo. Por exemplo, em vez de dizer relógio, a pessoa pode referir-se a este como aquilo que serve para ver as horas", aponta o 'website' da Alzheimer Portugal.
A DFT pode afetar homens e mulheres. Habitualmente, tem início entre os 40 e os 65 anos, de acordo com a associação. "Cerca de 50% das pessoas com DFT têm história familiar da doença" e "aqueles que a herdam parecem ter uma mutação no gene da proteína tau, no cromossoma 17, o que leva à produção de uma proteína tau alterada."
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A esperança média de vida é de seis a 12 anos. "A morte ocorre, normalmente, devido a uma infeção." Para já, ainda não existe cura ou tratamento disponível para a DFT. Ainda assim, sintomas secundários, como depressão, podem ser aliviados por medicação.
Recorde-se que demência é um termo genérico utilizado para designar um conjunto de doenças, como o Alzheimer - segundo a rede de saúde CUF, representa cerca de dois terços de todos os casos -, que se caracterizam por alterações cognitivas que podem estar associadas a perda de memória, alterações da linguagem e desorientação no tempo ou no espaço.
A Organização Mundial da Saúde estima que existam 47.5 milhões de pessoas com demência em todo o mundo e prevê que este número possa chegar aos 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050, para 135.5 milhões.
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