Um estudo publicado na revista científica Human Reproduction revela que beber álcool durante a gravidez pode provocar alterações no rosto da criança. Segundo os investigadores, essas mudanças podem acontecer mesmo se a grávida beber o equivalente a uma taça pequena de 175 mililitros (ml) de vinho ou 330 ml de cerveja por semana.
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No estudo, os cientistas referem que a exposição de uma criança ao álcool antes do nascimento pode ter efeitos adversos significativos no seu desenvolvimento. Se a grávida bebe regularmente e em grandes quantidades, isso pode resultar num distúrbio do espectro alcoólico fetal (DEAF), algo que se reflete na face.
Para fazer a análise dos rostos das crianças, os cientistas recorreram a inteligência artificial. Ao todo, 5626 crianças foram estudadas. O grupo desenvolveu um algoritmo que obtém imagens 3D de alta resolução, além de mapas de calor para exibir as características faciais específicas associadas ao consumo de álcool das mães.
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"Encontrámos uma associação estatisticamente significativa entre a exposição pré-natal ao álcool e o formato do rosto nas crianças de nove anos. Quanto mais álcool as mães bebiam, mais mudanças no nariz, queixo virado para fora, pálpebra inferior virada para dentro", referem
Os autores do estudo admitem que à medida que a criança envelhece e está exposto a outros fatores, essas mudanças diminuam. Mas isso não significa que o efeito do álcool na saúde também desapareça, o que sugere a importância de enfatizar que não existe um nível seguro estabelecido de consumo de álcool durante a gravidez e é aconselhável parar de beber álcool mesmo antes da concepção.
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