Um estudo realizado por uma equipa internacional de investigadores, alguns da Universidade Columbia, nos Estados Unidos, associou cinco profissões com um risco superior declínio cognitivo e demência na velhice. Os resultados foram publicados na revista The Lancet Regional Health - Europa.
Após analisarem dados de mais de sete mil idosos da Noruega, com 70 anos ou mais, que trabalharam entre os 33 e os 65 anos, os cientistas concluíram que o risco de demência é maior para indivíduos que exerceram atividades físicas extenuantes como parte da sua rotina de trabalho. Entre as profissões de risco, encontram-se os auxiliares de enfermagem, vendedores, cuidadores, agricultores e pecuaristas. Por outro lado, quem trabalha nas áreas da engenharia, da administração e educação está em menor risco.
Estes empregos também foram associados a um maior risco de perda auditiva e de exposição à poluição, "o que pode afetar adversamente a cognição", explicam os investigadores.
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Recorde-se que demência é um termo genérico utilizado para designar um conjunto de doenças, como o Alzheimer - segundo a rede de saúde CUF, representa cerca de dois terços de todos os casos - que se caracterizam por alterações cognitivas que podem estar associadas a perda de memória, alterações da linguagem e desorientação no tempo ou no espaço.
A Organização Mundial da Saúde estima que existam 47.5 milhões de pessoas com demência em todo o mundo e prevê que este número possa chegar aos 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050, para 135.5 milhões.
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