Sem cura à vista, a demência manifesta-se de diversas formas. Embora a perda de memória seja o sintoma mais falado, há outro sinais que devem fazer soar os alarmes, principalmente numa altura em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que existam, atualmente, 47.5 milhões de pessoas com demência em todo o mundo, com quase 10 milhões de novos casos todos os anos. Pior: a OMS prevê que este número possa chegar aos 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050, para 135.5 milhões.
Demência é um termo genérico utilizado para designar um conjunto de doenças, como o Alzheimer - segundo a rede de saúde CUF, representa cerca de dois terços de todos os casos -, que se caracterizam por alterações cognitivas que podem estar associadas a perda de memória, alterações da linguagem e desorientação no tempo ou no espaço. Contudo, se julga que só acontece em idades mais avançadas, desengane-se. "Embora a idade seja o maior fator de risco conhecido na demência, esta não é uma consequência inevitável do envelhecimento", pode ler-se no portal da CUF.
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"A perda de memória parece ser o principal sintoma que as pessoas associam à demência, mas é apenas um dos vários sinais neuropsiquiátricos que observamos nos doentes", afirma Byron Creese, especialista em demência da Brunel University London, no Reino Unido, em declarações ao Daily Express. O responsável chama a atenção para alterações comportamentais "como agitação, agressividade, depressão, ansiedade e apatia, bem como retraimento social, atitudes socialmente inadequadas, impulsividade e alterações estranhas na forma de estar".
A "grande maioria" das pessoas com Alzheimer apresenta, pelo menos, um destes sinais. "Há provas de que podem ser a primeira manifestação de uma doença neurodegenerativa subjacente em algumas pessoas", diz.
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