Fazer exercício ajuda a viver durante mais tempo? Talvez não, diz estudo
Investigadores, na Finlândia, analisaram os hábitos de exercício e a idade biológica de milhares de pessoas.
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Lifestyle Saúde
Durante muito tempo, acreditou-se que o 'segredo' para a longevidade inclui fazer exercício regularmente, mas um novo estudo, feito na Universidade de Jyvaskyla, na Finlândia, sugere que ser demasiado ativo não prolonga, necessariamente, a vida.
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Para chegarem a esta conclusão, os cientistas analisaram mais de 11 mil gémeos, com idades entre os 18 e os 50 anos, no início do estudo, acompanhados de 1975 a 2020.
Todos responderam a um questionário sobre os níveis de atividade física que os classificou como sedentários (13,4%), moderadamente ativos (36,7%), ativos (38,7%) ou muito ativos (11,2%). Foram ainda recolhidas amostras de sangue para acompanhar o envelhecimento biológico de cada um, ou seja, o ritmo a que uma pessoa está a envelhecer fisicamente.
Com estas informações, os resultados mostram que as pessoas moderadamente ativas, ativas ou muito ativas tinham entre 15 a 23% menos probabilidades de morrer durante os 45 anos do estudo do que as sedentárias.
Depois de terem em conta fatores como o IMC (índice de massa corporal), o tabagismo e o consumo de álcool, registaram apenas uma redução de 7% nas mortes entre o grupo ativo, em comparação com o grupo sedentário, explicam os cientistas, citados no DailyMail.
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Já a análise ao sangue mostrou que no geral os indivíduos que faziam menos exercício "tinham a idade biológica mais avançada", algo que também foi confirmado nas pessoas que faziam mais exercício. Aliás, mais especificamente, "os mais ativos eram 1,3 anos biologicamente mais velhos do que os moderadamente ativos e 1,8 anos mais velhos do que os ativos".
Tendo isto em conta, os investigadores sugeriram que, em vez de níveis elevados de exercício reduzirem o risco de morte prematura, a atividade física serve apenas como um indicador de um estilo de vida globalmente saudável.
É importante mencionar que os resultados foram disponibilizados na medRxiv, mas ainda não foram submetidos a revisão de pares, mesmo assim, o estudo ganhou um prémio de medicina desportiva, na Finlândia, esta semana, segundo o jornal.
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